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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Por que rótulos em inglês?

PARTE I: A DÚVIDA

Abaixo, três rótulos diferentes, de cremes de fabricantes diferentes.
Por que colocam a composição dos produtos em inglês? Não sabem traduzir, acham que é informação que não interessa para ninguém... ou não sabem do que se trata?
No mínimo é uma falta de consideração com o consumidor. 
Alguém sabe nos dizer se há normas mais exatas em relação a isso (e que não estão sendo respeitadas)... ou as normas são essas mesmo? Ah... e ainda por cima também códigos de corantes como Cl 16255 e outros.



[Fotos: Ramon Lamar de Oliveira Junior]

PARTE II: A EXPLICAÇÃO E A CONTROVÉRSIA

O amigo Otávio Pierazzoli apresentou-nos, no Facebook, o link (clique AQUI) para um trabalho do Ministério da Saúde/ANVISA a respeito da questão. A explicação oficial é a adoção da INCI (INTERNACIONAL NOMENCLATURE OF COSMETIC INGREDIENTS - Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos). Segundo as informações, INCI é um sistema internacional de codificação da nomenclatura de ingredientes cosméticos, reconhecido e adotado mundialmente, criado com a finalidade de padronizar os ingredientes na rotulagem dos produtos cosméticos. Até aí, tudo bem. A questão é que 90% da nomenclatura é baseada ou na IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada - em inglês), no francês ou no latim dos nomes científicos das espécies. O que parece ter sido esquecido aqui no Brasil é que admite-se que a nomenclatura IUPAC tenha tradução consubstanciada para a língua do país e que alguns outros termos (incluindo nomes científicos) podem ser traduzidos para facilitar o entendimento do consumidor, elemento-chave da importância da rotulação.
Os signatários do INCI incluem diversos países como os citados abaixo:


Oras, simplesmente procurei rótulos de produtos japoneses e norte-americanos para perceber que a regra que bate lá, não é a mesma que se aplica aqui (apesar do acordo).
Americanos incluem traduções dos termos que não estão escritos em inglês na norma internacional (aqua = water, por exemplo) e japoneses não abandonam sua escrita característica.

Creme da "Tokyo Fashion" (INCI em japonês) 

Creme da "Victoria Secrets" (water, fragrance, grape e até a tradução dos códigos pra corantes.

Sendo assim, porque a ANVISA não faz coisa semelhante, ao menos traduzindo "Tapioca starch" para "Amido de mandioca". Vai ver que não é chique, né?

7 comentários:

  1. Segundo Otávio Pierazzoli, a explicação seria a adoção de uma nomenclatura científica internacional (INCI). Mais informações em http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/43be7c804745955b9d3cdd3fbc4c6735/quarta_nomenclatura.pdf?MOD=AJPERES.
    Mas claramente, o consumidor comum pouco aproveita dessa parte do rótulo.

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  2. Eu acho que a composição desses produtos deveriam ser escritos no idioma do consumidor.Afinal a grande maioria das pessoas ( brasileiros ) não dispõe de dinheiro para aprender outro idioma. Logo, todos os produtos deveriam ter seus rótulos no idioma oficial do país.

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  3. Peço licença pra esclarecer que o produto japonês não tem os ingredientes traduzidos, mas apenas transcritos em katakana, que é o silabário usado para palavras estrangeiras. Pelo menos até onde consegui ler, são componentes químicos em nomenclatura ocidental. A exemplo, o primeiro ingrediente da lista é isopropil metil fenol e é exatamente assim que está escrito.

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  4. Os rituals deveriam ser em português para os brsileiros entenderem.

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  5. Os rituals deveriam ser em português para os brsileiros entenderem.

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  6. Mais um truque para o consumidor comprar gato por lebre. Alérgicos penam com isso. especialmnte em produtos ser lactose!

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