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domingo, 4 de agosto de 2013

O que a vida quer de nós?

Quantas e quantas vezes nos surpreendemos com os lances da vida. Quantas e quantas vezes essa pergunta vem à nossa mente e fica borbulhando, fermentando, nos confundindo.
Talvez ajudasse um pouco se lembrássemos em quais momentos essa pergunta vem. Raramente vem nos momentos de felicidade. É incomum que nos momentos de alegria sejamos arrebatados por essa dúvida. Não é momento de pensar, é momento de comemorar, de viver em plenitude cada segundo.
Em geral, a pergunta vem em dois momentos: nos momentos de solidão ou nos momentos de desespero. 
A solidão não é um estado de ausência de companhia, de ausência de pessoas em volta. A solidão é mais complexa e se dá mesmo em meio a multidões, até mesmo em multidões de amigos. A solidão é o lado sombrio do nosso pensar, em que voltamos a mente para dentro... para nos entender. Não raro é um momento de auto conhecimento. Mas muitas vezes é um momento de auto martírio, recheada de muitas dúvidas e indagações. 
Já nos momentos de desespero, involuntariamente experimentamos muitas vezes nosso lado egoísta. "Que vai ser de mim?" "Por que isso acontece comigo?". Por segundos esquecemos que somos apenas peças de uma grande engrenagem. Que temos familiares que nos amam. Que temos amigos que nos amam. Que temos pessoas que nos amam apesar de todos os nossos defeitos e acima de todas as nossas qualidades. Temos até o amor de pessoas que não conhecemos, pois sim. Existem pessoas no mundo, acredite, que oram e se apiedam até dos desconhecidos, que fazem o bem sem saber sequer a quem estão ajudando. Existem, sim.
Há flores, mesmo na noite e entre os espinhos.
Não serei eu a dar a resposta definitiva, sequer acredito que arranharei a casca da verdade acerca da resposta. Só posso dizer que acredito em um propósito. Que alegrias e sofrimentos, relacionamentos e abandonos, conquistas e derrotas fazem parte de uma missão que todos temos. Quem disse que o motivo de tudo, o que nos move, é a nossa felicidade? Não seria talvez colaborar para a felicidade dos outros e ser feliz por sentir a felicidade dos outros. E assim não se passaria com eles também, felizes por nos verem felizes, realizados por nos verem em regozijo?
Agora, ao terminar esse texto, não por acaso recebo o boletim da missa de hoje. Que fique conosco a mensagem da primeira leitura do Livro do Eclesiastes: "De fato, que resta ao homem de todos os trabalhos e preocupações que o desgastam debaixo do sol? Toda a sua vida é sofrimento; sua ocupação, um tormento. Nem mesmo de noite repousa o seu coração." Pensemos cada um, em nosso íntimo, sobre nossas alegrias e tristezas, ocupações e tormentos. Procuremos enxergar a inevitabilidade de nossas provações, mas também saibamos recolher os sorrisos que, como flores, se abrem em nossos caminhos. Assim encontraremos paz no espírito e o verdadeiro conhecimento sobre nós mesmos.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

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